quarta-feira, 22 de junho de 2011

Kate Chopin: contos traduzidos e comentados - estudos literários e humanidades médicas

PREPARAÇÃO DE TEXTO, TRADUÇÃO DE UM CONTO, COTRADUÇÃO DE DOIS CONTOS E COAUTORIA DE ESBOÇO BIOGRÁFICO (UFA!)
Ficha técnica
Livro: “Kate Chopin: contos traduzidos e comentados- Estudos Literários e Humanidades Médicas”
ISBN: 978-85-62989-03-2
Editora: Casa Editorial Luminara
Organizadoras: Beatriz Viégas-Faria; Betina Mariante Cardoso; Elizabeth Brose.

Texto extraído do site da Casa Editorial Luminara:

Ela rasgou a bandeira dos Estados Unidos hasteada em frente à casa de seu pai, fumava cigarros cubanos, sustentou seis filhos após ficar viúva e teve um romance com um homem casado. Um de seus livros tratava da infidelidade de uma esposa insatisfeita. Nada muito chocante, se tudo não tivesse ocorrido no fim do século XIX.
Kate Chopin (1850 – 1904) é considerada uma das precursoras da literatura feminista e uma das maiores escritoras da língua inglesa. Com romances publicados no Brasil, faltava ainda um registro em Português das suas histórias curtas. Para preencher essa lacuna, a Casa Editorial Luminara apresenta Kate Chopin: contos traduzidos e comentados – Estudos Literários e Humanidades Médicas. Uma seleção dos melhores contos da escritora norte-americana, em traduções modernas, realizadas na Oficina de Tradução Literária da premiada tradutora Beatriz Viégas-Faria e acompanhadas por enriquecedores comentários das áreas dos Estudos Literários e das Humanidades Médicas.
O trabalho resultou em uma colagem de visões de tradutores, Teóricos da Literatura, Médicos e Psicanalistas, que mostram como a obra de uma escritora norte-americana do fim do século 19 pode tem muito a ensinar para quem estuda literatura, medicina e tradução.
Os doze contos abordam, com sutileza e sensibilidade, temas como: liberdade, preconceito, paixão, ciúme, lealdade, casamento, loucura, maternidade, descoberta e rebeldia. Abrangem o período que vai desde 1869, quando Chopin tinha 19 anos, até 1899.
Participam do seleto e multidisciplinar time de ensaístas ninguém menos que Moacyr Scliar, Márcia Tiburi, Regina Zilberman, Léa Masina, Celso Gutfreind, Ricardo Tapajós e Cíntia Moscovich, entre outros. Com organização de Beatriz Viégas-Faria, Elizabeth Brose e Betina Mariante Cardoso.
Em seu conjunto, os ensaios dialogam com os contos de Chopin, tecendo uma inspiradora rede intertextual. Longe de querer esgotar a discussão suscitada pelos contos, os textos servem como ponto de partida para o leitor aprofundar suas próprias reflexões.
Com esta ousada publicação, feita sob encomenda para leitoras/es exigentes que gostam de explorar as inter-relações da literatura com outras áreas do conhecimento, a Casa Editorial Luminara finca o pé no mercado como editora inovadora e preocupada com a interface Literatura/Medicina.

Ensaístas:
Estudos Literários: Cíntia Moscovich; Elizabeth Brose; Fabiane Verardi Burlamaque; Ian Alexander; Joana Bosak de Figueiredo; Léa Masina; Marcela Silvestre; Márcia Tiburi; Maria Helena Martins; Maria Nazareth Soares Fonseca; Nadilza Martins de Barros Moreira; Pedro Theobald; Regina Zilberman; Sátira Machado.
Humanidades Médicas: Betina Mariante Cardoso; Celso Gutfreind; Eduardo Hostyn Sabbi; Érico de Moura Silveira Junior; Fernando Egídio Batista Oliveira; Jaime Vaz Brasil; Juarez Guedes Cruz; Matias Strassburger; Moacyr Scliar (in memoriam); Ricardo Tapajós; Rui de Mesquita Annes; Vera Stringuini; Wesley Peres.
Tradutores: Adriana Ruggeri Quinelo; Beatriz Viégas-Faria; Denise Mariné; Felix Nonnenmacher; Henrique Guerra; Márcia Knop
Capa: Maria Tomaselli
Revisores: Henrique Guerra e Gabriela Coza
Texto da orelha: Helena Bonito Couto Pereira

Comentário: É muito gratificante quando um trabalho do qual a gente participa se transforma em algo palpável, ainda mais quando esse algo é um livro! O lançamento deste livro, em particular, me deixou quase eufórico, ainda mais com a taça de vinho que tomei na fila dos autógrafos, num papo casual com a escritora M. Mas estou a me desviar do tópico: o motivo pelo qual eu fiquei eufórico não foi meramente etílico, nem a embriaguez se deveu apenas à presença de muitas mulheres bonitas. É que além de colaborar como tradutor de O neném de Désirée e cotradutor, junto com a Adriana Quinelo, de Na Chênière Caminada e Lilases, eu tinha sido um dos primeiros a ler a obra de cabo a rabo, na fase de preparação do texto. E também acompanhei a incansável saga da Profª Beatriz desde a Oficina, realizada em 2005-06, durante a qual essas traduções tomaram forma, para publicar os textos. Até que a Betina Mariante Cardoso, psicanalista e diretora da Casa Editorial Luminara, abraçou o projeto, que foi ambiciosamente ampliado para contar com dois ensaios sobre cada conto, um sobre estudos literários e outro sobre humanidades médicas. Elizabeth Brose organizou os estudos literários. O esforço ao mesmo tempo descomunal e prazeroso das três organizadoras - Beatriz, Betina e Beth - surtiu efeito. Foi muito bom ver como tudo se delineou e se integrou. O resultado é um prato cheio para quem ama literatura e aprecia refletir sobre ela.

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